Na estrada do caminho
contínuo, na secura do mundo, da pele, é o vento, é o tempo, o lamento.
Margeado pela ciente
e incoerente decisão, vejo céus, nuvens e o desalento ao inexistente horizonte,
percebo o quão distante estou, das montanhas e verdor, do frio e do calor que
diferente daqui não se elucidam.
Não vejo vales, mas vejo construções, essas,
inebriantes e colossais, diria até desumanas, mostram em sua grandeza, e escala
descomunal, a perfeita realidade que cerceia a vitalidade da nossa política. O que
deveria ser perto, é de inúmeras maneiras longe, o que deveria ser acessível, é em grande parte inatingível, o que deveria
ser básico, é a lúgubre exceção, e por fim o que deveria ser vivo, bem, essa ainda vejo algo, há salvação.
Em diversos momentos
me causou estranhamento como aquilo que é a representação em forma de cidade do
que poderíamos chamar de povo brasileiro, é em tão singulares formas e
designações a cidade menos brasileira em que já estive, e quando falo isso, não
tomo por reflexo, seus cidadãos ou sua geometria distante e singular que mais
separa do que une, mas sim o espirito da própria cidade, que embora belíssima,
não permite que o humano, esse para a qual a mesma foi construída, a utilize de
forma plena.
Bom talvez só tenha
me faltado um carro, quem sabe com ele eu me sentiria mais humano e em uma
cidade mais humana.
Metal da a estrutura,
o concreto a forma, e a calçada, bem, não a vi, nem de um jeito nem de outro.
Muito bom!
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