domingo, 27 de julho de 2014

BSB


 Na estrada do caminho contínuo, na secura do mundo, da pele, é o vento, é o tempo, o lamento.   
 Margeado pela ciente e incoerente decisão, vejo céus, nuvens e o desalento ao inexistente horizonte, percebo o quão distante estou, das montanhas e verdor, do frio e do calor que diferente daqui não se elucidam.
  Não vejo vales, mas vejo construções, essas, inebriantes e colossais, diria até desumanas, mostram em sua grandeza, e escala descomunal, a perfeita realidade que cerceia a vitalidade da nossa política. O que deveria ser perto, é de inúmeras maneiras longe, o que deveria ser acessível,  é em grande parte inatingível, o que deveria ser básico, é a lúgubre exceção, e por fim o que deveria ser vivo, bem, essa  ainda vejo algo, há salvação.
 Em diversos momentos me causou estranhamento como aquilo que é a representação em forma de cidade do que poderíamos chamar de povo brasileiro, é em tão singulares formas e designações a cidade menos brasileira em que já estive, e quando falo isso, não tomo por reflexo, seus cidadãos ou sua geometria distante e singular que mais separa do que une, mas sim o espirito da própria cidade, que embora belíssima, não permite que o humano, esse para a qual a mesma foi construída, a utilize de forma plena.
 Bom talvez só tenha me faltado um carro, quem sabe com ele eu me sentiria mais humano e em uma cidade mais humana.

 Metal da a estrutura, o concreto a forma, e a calçada, bem, não a vi, nem de um jeito nem de outro.

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